top of page

Líder fala da luta da comunidade para permanecer em área “tomada” pelo Perb

Aproximadamente 70 famílias moram no local, mas o Estado não as “viu” quando decidiu criar o parque estadual


Por Aristides Barros

Jerlan está na linha de frente da entidade que articula as ações em defesa dos moradores


Já vivendo na chamada zona de exclusão por não receberem atenção do poder público no tocante a benefícios na localidade, a vida de cerca de 70 famílias das Chácaras Mogianas em Boracéia virou um ato de resistência quando o Estado as “empurrou” para dentro do Parque Estadual Restinga de Bertioga (Perb).


A demarcação dos limites do Perb praticamente caiu em cima dos moradores, que já interiorizados na zona de exclusão tiveram seus problemas multiplicados com o surgimento da área de preservação.


Desde sua oficialização em 2010, o parque estadual trouxe a eles o desafio de continuar a vida sob a ameaça constante de serem despejados do local. Em torno de 400 pessoas, entre elas cerca de 100 crianças, convivem preocupadas em saber como será o amanhã.


O eletricista Jerlan Sampaio, 41 anos, junto a outras lideranças, fundou em 2018 a Associação dos Moradores das Chácaras Mogianas em Boracéia (ACMB), e começou a luta pelo direito à terra. A batalha parece se aproximar do fim trazendo um resultado positivo ao povo.


Enquanto o combate não cessa, a comunidade ajudada pelo vereador Ney Lyra e pela solidariedade de alguns órgãos e instituições não governamentais segue o ofício de viver.


Os moradores anseiam por dias melhores e acreditam fortemente que o respeito à uma condição humana digna tem de ser reconhecido. E não sendo, então é preciso, forçosamente, que ele seja conquistado.


Enquanto brigam por tratamento decente do poder público, para quem são “invisíveis", eles com a simplicidade de suas vidas tocam ações como o projeto das abelhas sem ferrão que visa aumentar o pouco que ganham para a contínua luta diária pela sobrevivência.


95 visualizações0 comentário

Commentaires


bottom of page